Google divulga atualização do LinkedIn sobre Universal Ledger
O chefe de estratégia para Web3 da Google Cloud, Rich Widmann, compartilhou novidades empolgantes sobre a blockchain que a empresa está desenvolvendo: o Google Cloud Universal Ledger (GCUL). Em uma postagem no LinkedIn, ele explicou que essa tecnologia é fruto de muitos anos de pesquisa e desenvolvimento dentro do Google. A ideia é criar uma blockchain que seja neutra e que funcione bem com contratos inteligentes, especialmente aqueles feitos em Python.
Widmann comentou que o GCUL foi projetado como uma camada de infraestrutura aberta para instituições financeiras. Ele mencionou que empresas como a Tether provavelmente não usarão a blockchain da Circle, nem a Adyen a blockchain da Stripe. Essa neutralidade promete impulsionar a adoção entre diferentes players do mercado.
Falando em concorrência, a Stripe e a Circle também estão no jogo, investindo em suas próprias blockchains de camada 1. A Circle apresentou o Arc, uma rede otimizada para o uso de stablecoins, enquanto a Stripe está desenvolvendo um projeto secreto, chamado Tempo, em parceria com a firma de capital de risco cripto, Paradigm.
Widmann divulgou um gráfico interessante mostrando que, enquanto a Stripe se baseia na sua imensa rede de pagamentos de US$ 1,4 trilhão e a Circle foca no USDC, o Google Universal Ledger tem como meta ser uma blockchain que atenda a uma “escala planetária”, com bilhões de usuários e recursos de nível bancário. Mais detalhes sobre a parte técnica dessa blockchain devem ser revelados nos próximos meses.
A Google Cloud tem investido em tecnologia blockchain desde 2018, quando começou a incluir dados do Bitcoin em seu BigQuery, e desde então, ampliou o suporte para Ethereum e outras redes. O movimento ganhou força em 2022 com a criação de uma divisão focada no Web3, que já estabeleceu parcerias com empresas como Coinbase, Polygon e Solana.
Google Cloud testa Universal Ledger com a CME
Atualmente, o Chicago Mercantile Exchange (CME) Group está colaborando com a Google Cloud para testar o Universal Ledger em processos de tokenização e pagamentos. Esse trabalho conjunto foi anunciado em março, com um piloto focado na liquidação de ativos tokenizados e sistemas de pagamentos em grande escala, apesar de ainda não terem revelado detalhes sobre quais ativos estão sendo testados. As análises completas com participantes do mercado estão programadas para 2026.
Na ocasião, Terry Duffy, presidente e CEO da CME, comentou que o Universal Ledger poderia trazer “eficiências significativas para garantias, margem, liquidação e pagamentos de taxas à medida que o mundo avança para negociações 24 horas por dia, 7 dias por semana.”
Com essa parceria com a CME, que já registrou uma receita recorde de US$ 1,7 bilhão no segundo trimestre de 2025, o Google mira uma posição central na infraestrutura financeira global. Essa atualização sobre a blockchain de primeira camada do Google reflete um movimento crescente de empresas de tecnologia e fintechs que estão se aventurando na criação de suas próprias blockchains.
A Plasma, por exemplo, uma startup que recebeu investimentos ligados à Tether, anunciou planos para desenvolver uma blockchain de camada 1 focada na liquidação para o USDt, após levantar US$ 24 milhões. Já a Robinhood, em junho, lançou ações tokenizadas e ETFs para clientes na Europa, começando a emitir esses tokens na Arbitrum, mas com planos de migrá-los para sua própria blockchain de camada 2 no futuro.